F-OtakuPortugal

As nossas almas deslizam uma na outra durante todo este tempo, desde que ousámos achar que em nós havia o caminho para a salvação. Não, já não sei que passos tomar que não se cruzem com os teus; Tudo o que sou toma a tua forma, tudo o que sinto tem o teu nome. (Chamo o teu nome e respondes de volta.) Há um desespero qualquer em saber a inevitabilidade de te amar, um medo maior que tudo que consome as horas onde a tua luz é menos visível. Saber que és uma sede que ninguém mata, nem os que se seguirão após a tua estadia, se algum dia deci

Talvez tenhas razão: O mundo está condenado À amargura na qual resides, O arquétipo da debilidade mental. Mas recuso o teu estado, Recuso a humanidade em mim Como último recurso, Um grito por sanidade, Livrar-me do mal que me criaste. Estou doente.

Procuro conforto nos sítios mais improváveis; Às vezes abro a torneira e a água corre ao ponto de senti-la a queimar a epiderme mas nada em mim exterioriza a passagem entre o confuso e o inegável. O corpo é hóspede receptivo à distracção que me tira o foco da minha existência como se talvez houvesse mundo para além de mim. Procuro conforto nos sítios mais improváveis, tentando estancar o nada que corre nas artérias, aplicando pressão no que mais arde em mim, vendo o meu reflexo olhos nos olhos, desdobrando-me em multiplicidade duvid

Lembro-me de quando havia mais felicidade. Os dias pareciam maiores e o sol parecia brilhar com mais força. Se passasse na rua, era provável que fosse quase atropelada por crianças a correr, a gritar, querendo saber apenas do mundo que criaram na sua imaginação. Ah, se ainda soubesse ser feliz constantemente. Agora é preciso reaprender como se ser feliz, reinventar a felicidade. Estranha a maneira abrupta de como os dias encurtaram. Parece que o inverno da sociedade chegou. As ruas passaram a ter um tom mais cinzento escuro, um tom poluído  e a ser habituadas por lixo, árvores de bet&ati